Tenho feito algum trabalho de voluntariado num abrigo para animais abandonados em Vila Franca de Xira.
Um dia estava eu do lado de fora do abrigo vejo apearem-se de um carro que estacionou por perto, tres homens. O mais novo disse-me que já tinha lá ido buscar uma cadela que por sinal estava muito bonita, e que um dos companheiros ia escolher um cão para guarda. Fiquei logo muito contente porque era menos um que viveria nas condições deploráveis do abrigo.
Chamei a voluntária que estava a fazer tratamentos lá dentro. Ela aproximou-se e perguntou ao homem se o cão iria ficar preso. Vai ficar num canil respondeu o homem. Então não vou dá-lo respondeu a Anabela. O homem procurou emendar o que tinha dito, mas a Anabela foi inflexivel.
Não daria o cão se ele ficasse preso. " Os cães estão habituados a andar à solta e ele iria chorar todo o dia." disse a Anabela. E o homem retorquiu" Mas a casa fica longe eu nem ouviria o barulho" " Mas eu não estou procupada com o senhor estou preocupada é com o cão" respondeu a Anabela.
Fez-se um minuto de silêncio após o que um dos homens disse" Assim não vão conseguir despachar nenhum" ao que eu respondi" Está enganado senhor nós não queremos despachar os cães, queremos dá-los." E eu depois disto fiquei a pensar que cabe a nós´defensores dos direitos dos animais, mudar a linguagem como mudar atitudes ajudando os outros também a mudar.
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