domingo, 16 de dezembro de 2007

para sorrir

Regressava eu de Lisboa atravessando o pinhal, e vejo no caminho andando muito devagarinho, uma cadela toda encharcada, pois chovia a cântaros. Desci e meti a cadelita no carro. Tinha vários caroços na barriga e estava como é lógico num estado lastimável. Levei-a para casa, sequei-a, aqueci-a e dei-lhe de comer. Fiquei preocupada pois tenho vários cães no monte e esta cadela não era fácil de ser adoptada. Tinha aspecto de ser idosa. Deitei-me e pensei àmanhã há-de surgir uma solução. No outro dia fui ver a cadelinha que estava bem de saúde. Entretanto pensei se não teria sido precipitado da minha parte ter recolhido a cadela daquela maneira .E se ela tivesse dono?
Resolvi levá-la para o sítio onde a tinha recolhido e fiquei a observar. Parecia que apenas tinha interrompido a sua marcha do dia anterior por alguns minutos. Continuou a andar lentamente e eu
a andar atrás dela. Atravessou a estrada seguida de perto por mim, não fosse ficar apropelada depois de tudo o que se havia passado. Sempre andando foi ter a uma casa do Bairro. Vejo um senhor no quintal da casa e perguntei-lhe se a cadela era dele. É minha é já tinha dado pela falta dela. Ela tem uma cegueira de ir à caça com os outros cães e como é velhota fica para tras.
Comecei a rir e não disse nada.

1 comentário:

Anónimo disse...

Que bom haver histórias assim e, pelos vistos, no dia seguinte existe sempre uma solução ":O)
Beijinhos

Paula