sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

De cartas a um poeta Rainier Maria Rilke....

............Fuja dos grandes assuntos e aproveite o que o dia a dia lhe oferece. Diga as sua tristezas e os seus desejos, os pensamentos que o afloram, a sua fé na beleza. Diga tudo isto com uma sinceridade íntima, calma e humilde. Utilize para se exprimir, as coisas que o rodeiam, as imagens dos seus sonhos, os objectos das suas recordações. Se o quotidiano lhe parecer pobre, não o acuse: acuse-se a si próprio de não ser bastante poeta para conseguir apropriar-se das suas riquezas. Para o criador
nada é pobre, não há sítios pobres,indiferentes. Mesmo numa prisão cujas paredes abafassem todos os ruídos do Mundo, não lhe restaria sempre a sua infância, essa magnífica riqueza, esse tesouro de recordações?......................

1 comentário:

Anónimo disse...

Que bom ter logo pela manhã um poema destes, sim isto é um poema que todos deveriam ler e seguir.Da-nos força e limpa-nos todas as teias de aranha que estão sempre a querer alujar-se nas nossas cabeças.
Bjs da Zília