terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Sophia de Mello Breyner Andresen

Dia do Mar

AS ROSAS

Quando à noite desfolho e trinco as rosas
É como se prendesse entre os meus dentes
Todo o luar das noites transparentes,
Todo o fulgor das tardes luminosas,
O vento bailador das Primaveras,
A doçura amarga dos poentes,
E a exaltação de todas as esperas

Obra Poética de Sophia de Mello Andresen

1 comentário:

Aparecida disse...

Olá Júlia!
Gostei muito desses versos da Rosa.
Tenho um verso de um autor brasileiro, de nome Cartola, que diz assim:
Bate outra vez, com esperanças o meu coração.
Pois, já vai terminando o verão, enfim.
Volto ao jardim com a certeza que devo chorar.
Pois bem sei que não queres voltar para mim.
Queixo-me as rosas, mas, que bobagem.
As rosas não falam, simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti.
Devias vir para ver os meus olhos tristonhos, e quem sabe sonhavas meus sonhos, por fim.
Beijinhos
Aparecida